População de Santa Quitéria, em parceria com a prefeitura municipal, uniram forças e arrecadaram doações para a comunidade afetada pelas enchentes em Hidrolândia
A pandemia de corona vírus espalhou, além da Covid-19, pânico e desolação entre a população brasileira. Mas também despertou o que há de melhor nos seres humanos: a solidariedade. O sentimento de que é preciso ajudar o outro extrapolou as relações pessoais. Diante de um provável colapso da economia, com o fechamento de atividades não essenciais, a prefeitura de Santa Quitéria mobilizou a comunidade para arrecadar doações para os moradores do município de Hidrolândia que foi devastado pelas chuvas da madrugada da última quarta (25/03).
"Ao todo já enviamos 4 caminhões com água, alimentos, cobertores, roupas, materiais de higiene pessoal, colchões e muito mais. Estamos comovidos com a tragédia em Hidrolândia e gostaria de ajudar com muito mais, por enquanto será isso, mas tentaremos arrecadar mais doações e enviar aos nossos vizinhos." informou Tomás Figueiredo, prefeito de Santa Quitéria.
Prefeita Iris Martins agradece aos quiterienses pelas doações
A tragédia em Hidrolândia
Pelo menos 500 famílias ficaram desabrigadas em Hidrolândia, na região Norte do Ceará, a 251 km de Fortaleza, após a chuva de 53 milímetros que caiu na madrugada desta quarta-feira (25). O acúmulo causou o rompimento de um açude e, consequentemente, a cheia do Rio Batoque, que alagou três distritos e a sede do município. Seis pessoas se afogaram, mas todas foram socorridas. Porém, uma delas está em estado grave e foi transferida para Sobral.
Segundo a prefeita Iris Martins, cerca de 500 famílias estão desalojadas — 350 apenas no bairro Progresso, o mais atingido. No bairro Vilas Freitas, pelo menos seis casas desabaram. Dois caminhões carregaram os móveis e eletrodomésticos danificados da população para despejarem no lixão, enquanto carros-pipa levam água para os moradores lavarem suas casas. A gestora garante que esta é a primeira cheia do rio que a cidade passa por esta situação.
"Minha mãe acordou a mim, e ao meu irmão, de madrugada e nos colocou sobre o sofá, meu pai estava tentando resgatar alguma coisa quando parte da casa caiu sobre ele. Ele conseguiu sair e nos levou para o quintal e nos fez subir no pé de manga, assim que subimos vimos toda a casa cair de uma vez. Fiquei olhando tudo aquilo acontecer com medo de morrer." relata de Eduardo, filho de Olavo e Meire, família que sobreviveu ás enchentes encima de uma mangueira.
Com informações do Radialista João Luiz e G1